Sempre me sentei nas alçadas das janelas dos castelos a olhar o horizonte, à espera de ver chegar o meu Cavaleiro Errante... Traz uma capa de burel, com as suas armas sobre o peito por mim bordadas a seda ouro, de folhas entrelaçadas com uma rosa vermelho sangue. Sou aia, fujo aos “favores" do rei… e porque partilho receitas de chás, e mézinhas com o irmão Telmo do convento beneditino, tal como a donzela de Orleães, ( pois quem ouvia vozes ou tratava dos mal alheios e fugia do rei, decerto que tinha pacto com a “Dama de Pés de Cabra”) o remédio foi a fogueira...
Liberto das velhas fanfarras
de heroísmo,
que assaltam
que assaltam
o coração e a razão
- longe dos antigos assassinos -
- longe dos antigos assassinos -
Estandarte de carne
sangrando
sobre as sedas dos mares,
e das sonhadas flores das neves...
sobre as sedas dos mares,
e das sonhadas flores das neves...
Longe
das antigas retiradas,
e dos velhos incêndios
que ainda sentimos,
e dos velhos incêndios
que ainda sentimos,
ainda ouvimos...
Ó Amor, ó Mundo, ó Música!
Formas, suores,
cabelos e olhos,
e lágrimas brancas...
e suores agrestes...
e lágrimas brancas...
e suores agrestes...
- ó Doçuras! -
Nossos gritos comuns,
chegados ao fundo
de vulcões
e a todas
as grutas!
as grutas!
BEIJO MEU e alguma saudade...
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