domingo, agosto 17, 2008

Minhas Gaivotas

Brincando ontem meio nu, pela areia,
minha infância pouco a pouco vi passar,
ela fugiu sem que eu me desse conta,
sonhando com voar.
Ir brincando com o vento,
além sobre a agua um momento.
Viver sonhando, à beira do mar,
junto das rochas,
um dia aprendi a voar,
aprendi a voar
como as minhas gaivotas.
E fugi longe dali
naquele dia,
sem olhar para trás julguei
que nunca mais voltaria.
Encontrei um cardo, uma flor,
um sonho, um amor, uma tristeza,
fui sozinho e logo fomos dois,
um beijo, um adeus, todo começa.
Outra canção, outra ilusão, outras coisas,
e farto já de andar
voltei a procurar
minhas gaivotas.
E não as vi,
elas também se foram
desse lugar que um dia nos juntou,
fiquei sozinho buscando na areia,
a infância que já passou.
Elas não hão de voltar mais,
elas a deixaram para trás,
debaixo da areia, à beira do mar,
ao lado das rochas
que não sabem voar,
que não sabem voar
como as minhas gaivotas.
E assim vou, mais triste vou
que nesse dia,
quando sem olhar para trás julguei
que nunca mais voltaria.
Joan Manuel Serrat
ATÉ JÁ!
BEIJOS!!

sexta-feira, agosto 15, 2008

sempre teus olhos... PARABÉNS!

Os teus olhos
sempre teus olhos
inspiram estes meus esboços...
O corpo dá-se ao vento…
ao sol… ao mar… à terra…
o olhar espelha a alma…
Porque um olhar profundo
não é, como a voz, ligeiro…
Com o mundo entre as mãos
por um campo que oferecia
as espigas mais tenras
fugia correndo à cega…
Uma mão cheia de sonhos
foi minha enorme colheita
dum ano que abriu dois sulcos
que me deixaram as marcas...
Amor que nunca se acaba
porque sempre, se renova…
Os teus olhos
sempre teus olhos
–com seu brilho de menino-
ficam para meus poemas…

BEIJO MEU PARA TI!

VIVA O DIA 15 de AGOSTO!!

domingo, agosto 03, 2008

como um barco...

Como um barco começo a navegar… largo amarras… subo a âncora... parto na imensidão do mar… acompanhada pelo vento… guiada pelo sol e pelas estrelas… começo a minha travessia pelo mar… o meu mar... tenho rumo e destino… sei o que quero, e quem quero… não olharei para trás… enquanto planeava a minha rota procurei arcas onde guardei palavras… sensações… coisas minhas... descobri que sempre caminhei a olhar para baixo e em frente a perder as belezas que estavam no alto… descobri que há amizades que passam tormentas... mesmo que a distancia e o tempo as afaste as recordações tornam-nas fortes como os cabeços da amurada que prendem as amarras… naveguei debaixo de chuva atravessei tempestades ...senti-me viva e plena… leve de bagagem abro as velas… parto à bolina e deixo-me ir mar adentro… agora sim, em liberdade posso começar a “voar” sobre o mar…temo acostar na solidão… sei que por vezes é boa conselheira… ajuda a reflectir… a pensar… a valorizar o que me rodeia... a conhecer-me melhor… solidão por defesa própria que vivo para libertar-me da escravatura do pensamento… para não pensar que está nas minhas mãos o controle de tudo… navegar… navegar… sem planear… sem esperar… não é o aspecto afectivo…não é o aspecto físico... o abraço forte… o beijo doce e terno… a palavra meiga… é tudo o que faz viver...

A Papoila vai entrar de FÉRIAS!!!
ATÉ JÁ!

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!