quarta-feira, novembro 12, 2008

Encerrado temporariamente...

Por motivos profissionais, mesmo sem se ter portado mal, A Papoila até Dezembro está encerrada no "quarto escuro"...

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sexta-feira, novembro 07, 2008

deixa a chuva chover...

Deixa a chuva chover
nas calçadas
na rua...
na alma…
Deixa a água cair
com calma
com pressa...na boca…
Deixa a chuva pingar
nas roupas... nos varais
nos telhados
nos campos…
Deixa que chova
que molhe
que venha...que beba
a água da alma…
Deixa chover
molhar tua boca
na minha…
Deixa cair
um manancial de beijos
na rua...na lua cheia
Deixa ficar molhada
na perna...na terra
a brotar delírios…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, novembro 01, 2008

Rosa Brava, leitura de Novembro

Rosa Brava é um romance histórico que me prendeu desde a primeira página. Leonor Teles, considerada a mais bela dama do reino, de personalidade vincada, rebelde e inteligente era considerada perigosa. O livro conta a sua vida desde a época em que viveu na Beira, e foi obrigada a casar pelo seu tio, conde de Barcelos, com o Marquês de Pombeiro que ela odiava. Quando a sua ama e confidente morre, abandona o marido e o filho e parte para Lisboa. Aqui é recebida por sua irmã Maria, aia da infanta D. Beatriz que consegue que ela seja admitida na corte. D. Fernando, rei de Portugal, fica seduzido com a sua beleza, apaixona-se e pede ao Papa a anulação do seu anterior casamento. Logo que esta é conhecida contrai matrimónio com D. Leonor no mosteiro de Leça do Balio. Este casamento não foi bem visto e há gente que se recusa a ajoelhar perante a nova rainha. Leonor Teles nunca foi amada pelo povo, que a apelida de aleivosa e traiçoeira. D. Fernando no seu testamento dispõe que no caso de morrer, ela seria apenas regente até que o seu primogénito tivesse idade para subir ao trono. Leonor Teles fez tudo para o evitar mas o rei veio a falecer antes que a rainha lhe desse filho varão e a sua morte causou um grave problema de sucessão. A sua única filha estava casada com o rei de Espanha. Vivem-se as intrigas palacianas da corte e o apoio que o povo dá ao infante D. João Mestre de Aviz, irmão bastardo de D. Fernando, que com D. Nuno Álvares Pereira nomeado condestável por D. Leonor Teles decide lutar pelo reino, e expulsá-la do palácio real. É exilada no Mosteiro de Tordesilhas, em Valhadolid, onde vem a falecer. É um romance que revela a vida de Leonor Teles,uma bela e inteligente mulher que se torna rainha. Adorei! Começa assim:
“No mesmo dia em que Briolanja Mendes foi a sepultar, na campa rasa de um montezinho situado a pouco menos de meia légua das terras pertencentes à casa do conde de Barcelos, D. Leonor Teles de Menezes cumpriu uma jura antiga: abandonou o marido e o filho e partiu para Lisboa. A decisão, tomada tempo antes de a velha Briolanja se extinguir, deixou D. João Afonso Telo, conde de Barcelos, louco de fúria não apenas por ver na aventura da jovem sobrinha uma traição infame ao marido e um acto de desamor pelo filho, mas também por considerar a fuga uma cruel avania contra quem, como ele, fora o único a substituir-se no afecto dos pais Martim Afonso Teles de Menezes assassinado em Toledo pelo cruel D. Pedro de Castela, e D. Aldonça de Vasconcelos, falecida prematuramente em consequência do rescaldo da Grande Peste que varreu um terço da população europeia.”
ROSA BRAVA, José Manuel Saraiva, OFICINA DO LIVRO, 10ª edição, Maio de 2
008
Boa leitura!
BEIJOS