segunda-feira, dezembro 21, 2009

Aos amigos!

Na nossa vida há pessoas que ao cruzarem o nosso caminho, nos fazem felizes.
Algumas percorrem-no ao nosso lado e juntas vemos os anos a passar, há outras que só vemos entre um passo e outro. Chamamos a alguns amigos...As folhas de uma árvore podem caracterizar os nossos amigos. As primeiras são os nossos pais, que nos mostram o que é a vida. Depois vêm os irmãos, com quem dividimos o nosso espaço para que possam florescer connosco. Passamos a conhecer toda a família de folhas que respeitamos e amamos. O destino presenteia-nos com outros amigos, que não sabíamos que se iriam cruzar no nosso caminho. São sinceros, são verdadeiros… sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz. Por vezes um desses amigos da alma acelera o nosso coração, dá brilho aos nossos olhos, melodias renascem nos lábios, e florescem sorrisos. Temos amigos distantes, que estão na ponta dos ramos e quando o vento sopra sempre aparecem entre uma folha e outra. O tempo passa, o Verão dá lugar ao Outono e perdemos algumas de nossas folhas, algumas nascem noutra primavera e outras permanecem por muitas estações… As que caiem continuam perto, alimentam as nossas raízes com alegria… São recordações de momentos maravilhosos de quando se cruzaram no nosso caminho. Para ti, folha da minha árvore, paz, amor, saúde, sorte e prosperidade. Simplesmente porque cada pessoa que passa na nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Esta é a maior responsabilidade da vida e a prova evidente que as almas não se encontram ao acaso. A Papoila vai encerrar por um tempo… Voltarei! A todos um

FELIZ NATAL E UM BOM ANO DE 2010.
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Desafio-te!

Desafío-te!
Brinca às escondidas em meus sonhos
incendeia meus desejos
anoitece nas minhas recordações
antecipa o meu desejo...
Desafío-te!
Abriga-te no meu abraço
recebe o meu amor sem receios
conversa com a minha paixão
adormece a sorrir no meu regaço.
Desafío-te!
Dá-me a tua mão
segue pelos meus trilhos
limpa lágrimas incompreendidas
caminha a meu lado.
Desafío-te!
Não sofras com as minhas lágrimas
compreende as minhas penas
esquece as minhas dores
e fala nos meus silêncios...
Desafío-te!
Segue as borboletas
mergulha com os golfinhos
voa com as gaivotas
enquanto me beijas…
Desafío-te!
Acredita na minha esperança
respira a tua ternura na minha pele
vê a tua imagem nos meus olhos
deita-te a meu lado ao luar .
Desafio-te!
Pousa teus braços nos meus ombros
puxa-me contra teu peito
enquanto a minha pele te incendeia
beija meus labios e perde-te neles
sente meu corpo
que te comove e compreende.
Desafio-te!
Não queroser mais um nome
queroser musa das tuas inspirações…
Escreve com beijos nossa historia
prende-me nas tuas devoções…
Desafío-te
a que me ames
pois este desafío
mais que teu, é meu...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Escrever pelos Direitos do Homem!

Tenho andado ausente, por motivos profissionais que não se devem só à Gripe A, mas a novas responsabilidades assumidas. Fui desafiada por email para hoje escrever pelos Direitos do Homem. Comemora-se hoje o sexagésimo peimeiro aniversário da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS , adoptada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948, com 47 votos a favor e 8 abstenções. Iniciado seu debate após a II Guerra Mundial, no seu articulado proclama os direitos essenciais para que o homem viva livre com dignidade e em PAZ. É um dever ético e de cidadania hoje juntar-me aos milhares que pelo Mundo lutam pela consagração destes mesmos direitos ainda tantas vezes diariamente ultrapassados e atropelados.
BEIJO MEU PARA TI!

BEIJOS!!

sábado, novembro 21, 2009

a guerreira adormecida...

Estou rodeada por uma sebe de altos arbustos. Vejo as cores e as formas caprichosas das suas folhas. Sinto o perfume de erva fresca, o perfume de chuva sobre terra molhada… lentamente estas fragrâncias levam-me à minha infância… Deito-me sobre a erva húmida, ouço ao longe uma doce melodia e deito-me na sombra de uma árvore… o sol está a descer lentamente no ocaso… medito naquilo que me trouxe… o dia que agora está a acabar... as recordações tornam-se mais vivas e reparo que o que mais desejei foi alcançado por uma serie de coincidências e circunstâncias… deixo-me adormecer e sinto o doce repouso da alma que reclama uma longa pausa… parece-me avistar os meus avós que me vêm beijar... Será um sonho? Um anseio… um não sei o quê…mas… sinto-me em paz…

PARA TI UM BEIJO MEU!!
BEIJOS!!!

sexta-feira, novembro 13, 2009

Beverly Klass - Temple

We're pure intangible love
You asked what I found in you
I burn inside myself
While the tempest returns
It's been years
I would say
The night has lived too long
I will find a way
We'll stand in the sun
Where all our love resides
Where the desonance seems to die
I will meet you there
We'll stand together
Where the daylight falls and fades
Your love lives in the sun
I will pass your way
This stands forever
You found eternity
This could shatter your heart
The reflection of your soul
Was a vision of me
Take all that I could be
Take all I should be
May faith lead your way
Did you know it was me
Where all our love resides
Where the desonance seems to die
I will meet you there
We'll stand together
Where the daylight falls and fades
Your love lives in the sun
I will pass your way
This stands forever
Where the desonance seems to die
I will meet you there
We'll stand together
Where the daylight falls and fades
Your love lives in the sun
I will pass your way
This stands forever
Where the desonance seems to die
I will meet you there
We'll stand together
Where the daylight falls and fades
Your love lives in the sun
I will pass your way
This stands forever

Queridos amigos estou em falta com todos vós, penitencio-me! O tempo tem sido muito curto ... para além de ter estado com gripe... gripe mesmo, "tout court"... deixo-vos a letra da música que actualmente toca neste campo... apoixonei-me pela voz de Beverly Klass e pelas palavras deste tema Temple...
PARA TI UM BEIJO MEU!!!
BEIJOS!!!

quinta-feira, novembro 05, 2009

Porque te escrevo...

Às vezes escrevo por gosto… outras por prazer… muitas por necessidade…
há ocasiões em que simplesmente tenho de o fazer por qualquer motivo que vem não sei de onde… desejo inexplicável de contar o que me vai na alma… sei bem que não sou nenhum génio, tenho só um certo mau génio… não sou nenhuma luz, tenho alguma chispa… nunca me parece bem o que faço e procuro sempre superar-me… claro que não sou perfeita… posso dizer que nada me prende muito menos o medo… a alma não tem descanso quando se trata de paixão… também lhe falta tranquilidade quando se trata de amor… menos ainda tem paz quando se fala de ausência… por isso nada melhor que dizer amo-te e depois ver-te sorrir…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, outubro 31, 2009

CAIM de Saramago e o dia das bruxas...

Em CAIM, Saramago demonstra uma vez mais, o seu enorme talento. Com o seu profundo humanismo, muito e saboroso humor e enorme sentido de justiça faz-nos reflectir sobre Deus, o mesmo de que duvidam tanto o autor como a sua personagem… Que Deus é esse? Deus da morte ou Deus da vida? Neste romance Saramago vai explanando o que compreende da essência de Deus, nada parecido com aquele deus vendido pelas esquinas e praças e que adora o conforto e o dinheiro... Pela sua personagem errante entre o passado, o futuro e o presente, Caim, o autor que se afirma ateu, fala-nos do Deus dos pobres, dos sofredores e dos injustiçados. Acabei de o ler e não me decepcionou.
CAIM, José Saramago, Editorial Caminho, 2009

BOA LEITURA!




Glitter Graphics

Bruxarias, feitiços, maldições...
Sejam benditas as palavras
mesmo que o mal as pronuncie…
Falta de amor, falta de fé,
desespero, perdição…
Sejam as boas intenções
as rainhas do feitiço,
sejam bênçãos,
rezas e voz de alento
tudo o que se pronuncie
para conseguir o desejado...
Nada de mau vai acontecer,
se benditas as palavras
que o mal quer proferir...

BEIJO MEU PARA TI!!!
BEIJOS!!!

quarta-feira, outubro 21, 2009

Vou Lá...

Lá, onde sou deusa quando me olhas nos olhos e procuras a minha boca… Lá, onde as minhas mãos acariciam a tua pele… se escondem em pregas e loucas percorrem teu corpo…. Lá onde posso despir o meu corpo cansado onde a paixão se transforma em ave de fogo que esvoaça e devora todas as nossas dores…. Lá, vou procurar as asas, para encontrar a passajem secreta que me leva de nossos corpos enlaçados à nossa história… Quero encontrar o teu riso de menino quando saltavas as poças de água, as tuas mãos sujas de terra, os teus olhos verdes brilhantes, quero ser a chuva que te molhava o cabelo encaracolado… Quero beber teus lábios, e tatua-los no meu pescoço. Serei a tua companheira por veredas de bosques húmidos e desertos esquivos… Viajarei incógnita sem autorização a tua memória, e vou substituir a tua primeira mulher, a segunda, todas elas…. Serei deusa gloriosa que crava a sua bandeira em todos os sofrimentos, desejos, alegrias e paixões. Lá sou invisível, sou toda mãos… e corpo enlaçado em teu corpo de deus amado... Será lá que te espero nesta e em todas as outras vidas, e não importa se por acaso não houver mais nenhuma… Vou saber reconhecer-te e fazer-te cair em meus braços… Porque é inevitável… nem aqui nem lá, poderíamos evitar amarmo-nos…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quinta-feira, outubro 15, 2009

Soltei o fio dos sonhos...

Soltei o fio dos sonhos
voam livres,
vão ao futuro
trazem-me uma lembrança,
uma foto… um aroma
uma concha encontrada na areia
uma prova que passaste ali...
São sonhos novos
ou até os mesmos,
talvez muito antigos
com novos nomes...
Passado, presente e futuro...
Passado que é meu… vivi-o
presente que vivo
futuro…
Mandei voar o sonho
sensação ainda não vivida
O sonho regressa
e seu destino foi,
a sua origem...
Uma mão que se estende,
um olhar que se troca,
um sorriso que se esboça
dois seres que se encontram
um traço de mil formas
linhas curvas que se cruzam
e fecham o círculo.
Passado, presente e futuro,
regresso a todos os princípios
dos seres que se aproximam,
de mil formas,
uma mão, um olhar, um sorriso,
que traçam linhas que aproximam...
Aproximam-nos muito,
muito perto
e assim, fecham o círculo...

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

sexta-feira, outubro 09, 2009

regresso a mim...

Respira…não permitas que nada interrompa os teus sonhos… não deixes que o ruído interrompa a calma dos pensamentos… deixa que o vento se entranhe no corpo… deixa de lado as preocupações e o tic tac do relógio…por um bom momento não o permitas avançar, ou pelo menos, que não te dês conta se mesmo assim, o faz… saudade de quando não existia pressa… de quando os meus olhos se abriam só porque o sono fora suficiente… quando caminhava sem rumo fixo só pelo prazer de ir a qualquer lado sem nada de especial… saudade da calma… de viver sem pressa… de nada mais desejar que o que tinha no momento… pensar que havia coisas para além do que os meus olhos podiam ver mas que não se chamava desconhecido... eram fruto da minha imaginação… Em que momento crescer foi sinónimo de perder? Em que momento realizar os sonhos foi começar a encurtar as fantasias? Muitas vezes, como agora, tenho saudades de mim e várias vezes em sonhos, vejo-me no passado, como sou agora mas em lugares que já vivi e pessoas que ficaram para trás no caminho a ver como tudo continua igual excepto eu…ver-me de novo sentada numa carteira a sentir a eternidade do tempo… ou a colocar a agulha de um gira-discos com uma canção que me faz brincar e dançar sem parar a tarde inteira… sem complicações… Quando mais esgotada estou, quando mais depressa correm os dias, quando perco os sinais que me recordam quem sou, preciso respirar, sonhar, pensar, ficar bem quieta como se o tempo não avançasse para reviver um pouco a forma que vivi em menina… e volto a ver-me a enrolar um xaile da minha mãe a fazer de saia para girar e girar com a música… subir as escadas de casa a correr para chegar à torre do meu castelo… o meu quarto… sair em dias chuvosos simplesmente para molhar-me a sonhar que os charcos eram grandes ondas de mar que levavam a barca que me levaria pelo mundo… aquela folha de papel dobrada em forma de barquinho que se desfazia…. que importava… isso fazia-me rir e gritar de emoção…voltar a ver-me menina… que bem me faz de vez em quando…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!

segunda-feira, outubro 05, 2009

Simples contradição...

Simples contradição
distante e convergente...
Só o tempo passa assim !
É como é,
uma miragem... uma ilusão
A idade não diz nada...
Mas a vida que leva os anos
fala por si …
Eles pesam em valor
mais que em quantidade.


PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS

quinta-feira, outubro 01, 2009

O Cisne Negro, leitura de Outubro

Um cisne negro é uma raridade que reúne três características fundamentais: não é previsível, o seu impacto é enorme; e, depois de acontecer arquitecta-se uma explicação que o faça parecer menos aleatório e mais previsível do que aquilo que é na realidade. Quer o êxito do YouTube, quer o 11 de Setembro, são cisnes negros. Porque será que não temos consciência do fenómeno dos cisnes negros antes que aconteçam? Taleb, um matemático de formação, neste livro expõe as razões da nossa incapacidade e diz que a principal é o facto sermos programados para aprender coisas específicas quando, afinal, deveríamos concentrar-nos em generalidades. Somos, portanto, incapazes de avaliar verdadeiramente as oportunidades, demasiado vulneráveis ao impulso de simplificar, narrar e classificar, para além de não sermos suficientemente abertos para recompensarmos aqueles que conseguem imaginar o «impossível». Nassim Nicholas Taleb explica tudo aquilo que sabemos do que não sabemos, e aponta alguns truques simples para se lidar com os cisnes negros e beneficiar deles. O Cisne Negro é, ele próprio, um cisne negro… Esta obra escrita de uma forma elegante, surpreendente e bem humorada, universal nas suas aplicações, vai fazer mudar a forma do seu leitor olhar para o mundo.

O Cisne Negro, Nassim Nicholas Taleb, Publicações D. Qixote, Lisboa 2008
Boa Leitura!
BEIJOS!

sábado, setembro 26, 2009

recordo o teu rosto...

Recordo o teu rosto,
e o teu corpo!
A minha pele
guarda o teu suor
sedenta de ti…
Com beijos sensuais
acende o meu fogo
enlaça-me…abraça-me
sente meus seios,
rouba-me suspiros
da noite à alvorada…
Nesse momento único
este meu sonho
torna-se realidade...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!

segunda-feira, setembro 21, 2009

tempo de outono...

Sentimo-nos presentes no tempo quando olhamos as ondas que murmuram memórias… enquanto ouvimos as nuvens a baixar nas dunas… como a despedirem-se… num abraço profundo ao encontro da vida que pulsa no corpo… Estamos presentes quando olhamos o céu e o sentimos… quando a garganta conta uma estrela e faz sorrir o rio que flui para o mar… quando um ramo se acende no umbral de uma porta que um dia sonhou que era de pedra… Estamos presentes no cair das folhas em castelo, no planeta das cores que dão voltas à sombra quando esperamos juntos o amanhecer.
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!

terça-feira, setembro 15, 2009

rapsódia de Outono

Aqui frente a nós
abre-se uma ponte...
Sinfonia seca
que cerra fileiras
em ondas de cor.
Os beijos do Sol
pintam folhas douradas,
são alfombra mágica
na terra virgem…
A paisagem rubra
estende-me uma ponte
que vai dar ao Inverno
do meu almanaque.
Tu, nos meus olhos,
o Outono mágico:
perco-me em teus braços;
num céu de estrelas…
Dá-me a tua mão
estou do outro lado...
Espero-te
de vestido escarlate
odalisca incensada.
Coloridas folhas caídas
atapetam os solos
de árvores caducas.
Outono,
entre ocres e dourados
soltam-se folhas lânguidas,
em danças de roda…
Dão passagem ao sol,
em ocaso rubro…
Libertam-se acordes
de uma música nova…
Não há Outono...
Só frutos de amor,
espumas índigo,
em ocasos de mar,
que falam de ti…
Deixa que atravesse
poentes de nuvens
deixa que semeie beijos
em cada Outono,
e pontes em cada nuvem…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quinta-feira, setembro 10, 2009

palavras ao vento...

Se há algo que não consigo controlar são as emoções…
Sem ter poder sobre elas, dominam-me, fazem-me perder a cabeça, a compostura e a razão…
Levam-me às nuvens, fazem-me tocar o céu, inundam-me a alma de vida, de paixão, de alegria…
Se pudesse ter controle sobre elas seria mais uma daquelas…
Das que fazem juízos prévios, das que nunca se deixam levar, das que temem ser felizes…Mas eu não pertenço a essas almas…
Sou uma alma livre dominada pelas maiores emoções que um ser humano pode sentir, sou um ser humano imperfeito que se deleita com o imperfeito da vida…
E assim continuo por cá… a viver a maravilhosa imperfeição da vida…

(Conversa privada entre mim e o vento…)

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

domingo, setembro 06, 2009

Motim de beijos...

Tenho amotinados
os beijos pendentes,
desculpas esfarrapadas,
pretextos indecentes,
e propostas descaradas ...
Tenho o fio da emoção
na borda da manhã,
a vontade de soltar
a sombra da tua mão,
a pressa de estrear
um relâmpago em meu olhar,
o instinto primitivo
de rir-me sem razão...
Fazer de teus braços meu abrigo,
abreviar a agonia do desejo,
mergulhar em águas transparentes...
E assim, lavar o tempo
que não vivi contigo.

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

terça-feira, setembro 01, 2009

"Jesusalém", leitura de Setembro

Jesusalém”, o último romance do escritor moçambicano Mia Couto foi considerado pela Caminho como “a mais madura e mais conseguida obra de um escritor no auge das suas capacidades criativas”. Quando Dordalma morreu, Silvestre Vitalício considera que o mundo acabou, abandona a cidade e refugia-se com seus dois filhos Mwanito e Ntunzi, e o seu criado Zacaria Kalash nas ruínas que restam de uma antiga coutada há muito deserta. A história é-nos narrada por Mwanito que necessita escrever e usa cartas de jogar para as suas anotações. Quando Vitalício deu o nome de Jesusalém à sua nova morada decretou que do Lado-de-Lá existiam apenas territórios sem vida enquanto ali onde viviam não havia senão vida sem saudade nem esperança… apenas gente… é pois uma história de solidão… e de personagens que a habitam… Um romance com a magia a que nos habituou Mia Couto, uma leitura que nos prende desde início.
Começa assim:
“Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era ‘um bocadinho mulata’, Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável.Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”.
A prosa poética de Mia Couto, ajuda sem dúvida a que este nosso mundo ganhe novo encanto…

Jesusalém , Mia Couto, Editorial Caminho, Lisboa 2009
Boa Leitura!
Beijo Meu para Ti!
BEIJOS!!!

segunda-feira, agosto 24, 2009

Perdão!

Que difícil é pedir perdão
quando depois de falar,
sabemos que as palavras voam
como uma folha ao vento
inconscientes do mal causado
no coração amado…

Chorar à chuva de que serve?
Só oculta o sentimento
que nos afoga reprimindo
a dor que acompanha
fielmente a alma.

Amigos ando sem tempo, por motivos profissionais e pessoais... tenho consciência que não vos tenho visitado como devo... logo que possível prometo voltar e visitar todos... deixo-vos com este poema o meu pedido de desculpas....
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quinta-feira, agosto 20, 2009

A pequena Veneza do coração de Inglaterra...

Bourton on the Water é uma pequena vila em Cotswolds uma região montanhosa na zona centro oeste desde sempre apelidada de “o coração de Inglaterra”. É um conjunto montanhoso constituído por rochas sedimentares de cor amarelada ricas em fósseis e vegetação luxuriante que a levam a ser considerada uma região de beleza natural deslumbrante. A pitoresca vila é atravessada pelo rio Windrush com uma série de pontes pedonais e meandros belíssimos. Muitas das suas casas têm mais de 300 anos (algumas da época vitoriana) foi muitas vezes eleita como a mais bela vila inglesa e chamam-lhe a pequena Veneza de Cotswolds… Uma das suas atracções que merece uma pormenorizada visita é a vila em miniatura que reproduz inteiramente todos os seus edifícios em escala reduzida. A vila tem uma luz expressiva apesar do dia chuvoso em que a visitei e pode observar-se na grelha de fotos que ilustra o texto.
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, agosto 15, 2009

Beijo Meu... Parabéns!

Beijarei um poema com meus lábios
em noite de brisas leves e sopradas
que converta em metáforas teu olhar
na intensidade das almas abraçadas…

Um beijo pelos caminhos de teu corpo
em repouso meus lábios vão seguir…
Aspiro teu riso em minha boca,
num mar infinito de sentir…

PARABÉNS!

segunda-feira, julho 20, 2009

naveguei por mil mares...

Naveguei por mil mares, e passei todas as tormentas. Atravessei desertos com a alma sedenta. Lutei contra dragões e soldados que não valiam a pena…Semeei e colhi mesmo nas piores colheitas, nunca neguei o destino, porque estava escrito nas estrelas…Sem dúvida, a este Deus não lhe basta ver-me prosseguir, ele quer mais e mais e sempre me vai pedir mais… Invoquei as forças do além a pedir socorro por falta de piedade, conjurei os feitiços de protecção convoquei as forças da natureza para que elevassem o meu ser. Cada espaço foi coberto com específica sabedoria e divindade. Mas nada é suficiente. Há sempre mais para dar…Eis-me aqui neste cataclismo, aqui no meio do tornado, sinto girar tudo ao meu redor, mas permaneço estática a olhar em frente, não fui absorvida pelos ventos, sou testemunha disto que não sei o que é… Uma tarde tive um pressentimento… “não importa o preço a pagar, quero regressar a mim, saberei o que fazer”… e assim foi, mas não alcancei, nada de tudo o que se pode humanamente alcançar… vejo como o furacão destroça tudo comigo no meio, muito tonta, sem poder fazer nada. Nunca pude não fazer nada, nunca me permiti ficar a esperar mas observo como arrasa tudo á sua passagem. Fiz uma oferenda pensando num bem, agora pago as consequências por julgar -me superior à natureza. Vou esperar que o temporal passe e evitar que me arraste com ele… Se o conseguir, vou ser uma sobrevivente... e acima de tudo, terei aprendido uma grande lição… não quero magoar-me de novo a ouvir… “Não sabes o que é o amor!”

A Papoila vai fazer um intervalo! Se clicarem nos selos ao lado têm informações importantes sobre os comportamentos adequados para todos contermos o avanço da pandemia da Gripe A, quer a nível individual, quer colectivo. Neste sentido podem visitar também o Microsite da Gripe em http://www.dgs.pt/
Até breve!
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quarta-feira, julho 15, 2009

Um olhar...

Às vezes,
faz-se amor com o olhar,
e é intenso.
É tacto,
é amor
e beijo.

É...tudo!

Tudo é encontrado
num olhar
que nos olha
apaixonado.
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quinta-feira, julho 09, 2009

As Fenix

Uma pena de fogo cai do Sol sobre a Terra, e semeia uma estrela… Há quem vaticine o fim do mundo, mas a pena desce lenta e placidamente, alheia aos comentários e aos medos. Ao roçar a atmosfera torna-se uma bola de fogo rubra, causando o terror de muitos espectadores. As filhas do sol soltam-se numa dança de asas, são Fénix de cor escarlate, tão velozes e ágeis que parecem acrobatas. Voam de país em país com o único objectivo de serem vistas para que a sua presença possa mudar tudo… não por fora mas por dentro… no interior das pessoas quando contemplam aquelas incansáveis aves carmesim… Deixam cair uma e outra pena e com seu pai o Sol, acalmam a dor da Terra…. Uma por outra vez dá-lhes para descer ao solo para curar com as suas lágrimas algum doente…
Milagre! Milagre! - exclama a multidão…
Mas na verdade, o milagre escapou da imaginação de um menino debruçado da janela da sua casa a quem lhe deu para pensar o que sucederia se caísse do céu uma pena de fogo e deixou livre o pensamento de tal forma que começou a ser tangível para muitos, até ganhar vida própria e transformar o menino em mais um espectador daquela novidade que os deixava a todos tão perplexos. Debruçado na janela de seu quarto pensava: que aconteceria se a Lua nevasse sobre a Terra e o arco-íris se perpetuasse em todos os desertos?
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, julho 04, 2009

esperar calma...

Procurei-te…
Na luz da alvorada,
entre os sorrisos da vida
na enseada dos meus olhos,
numa lágrima que caiu
na saudade… na ausência.
Senti-te!
Quando esboçavas meu perfil…
Com emoção
pensei no teu abraço.
mas escapaste…
Não sei como fugiste.
Sussurraste-me que
tudo estava em mim;
e tu estás em tudo
nos pequenos nadas,
nas sombras do desespero
ou à flor da pele da esperança.
Compreendi e quero dizer-te…
Vais e vens como as marés
na orla da praia do destino.
Vou esperar que chegues
de novo a mim
sempre calma...
Com calma...
Calma…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quarta-feira, julho 01, 2009

Cão como nós, leitura de Julho

Cão Como Nós, de Manuel Alegre é uma novela com pouco mais de cem páginas que nos conta em prosa poética as saudades que sente do seu cão Kurika, um epagneul-breton que nasceu com uma estrela branca na testa. Kurika, faz-se presente através das memórias de seu dono, o narrador, intercaladas com as emoções que este nos transmite pelo vazio que sente com a sua ausência física. Durante toda a vida do animal foi o único membro na família que o tratou exactamente como ele era, um cão, pois para seus filhos era mais um irmão. Com a sua morte compreende que era muito mais que isso… era a alegria à chegada, a presença entre os pés, o olhar atento, a teimosia. Para Kurika não haviam portas fechadas e desobedecia com frequência a algumas ordens. Era um cão que acreditava não ser cão mas mais um membro da família a quem o narrador reconhece a fidelidade e o amor incondicional.
Conhecemos os laços de Kurika com toda a família, e a sua vincada personalidade rebelde, caprichosa e desobediente. Um cão e uma família, uma relação difícil; a amizade entre um homem e o seu cão, que vai da cumplicidade ao confronto. O enorme poder de um olhar dócil, apesar de sempre desafiador.
“Sei muito bem que as pessoas saem dos retratos, sei isso desde pequeno, mas tu não, estás proibido de voltar a fazer o que fizeste esta noite, não posso entrar na sala e ver outra vez a tua moldura vazia.”
Aproxima-se a época dos animais abandonados, esta é a leitura que vos recomendo para Julho.
Cão Como Nós, Manuel Alegre, publicações D.Quixote, 16ª edição, Lisboa Janeiro de 2008.
Boa Leitura!
BEIJOS!!

domingo, junho 28, 2009

o perfume da roupa lavada...

Acho que nunca aqui contei que adoro o cheiro da roupa lavada… Não sei porquê, mas a roupa de algodão bem lavada põe-me em sintonia com o mundo… em estado de graça… Uma montanha de roupa lavada, passada e perfumada pode ser tão bom como um manjar de deuses… tão mágico como quando o melro sai de seu ramo habitual das sete da manhã, e vem cantar na janela do meu quarto com o ar familiar de um amigo que tem direito a entrar, sem avisar que vem ver-me… É tão bom o cheiro da roupa acabada de passar como entrar num café no momento que começa a tocar a minha canção favorita... É um momento parecido com aquele em que o sol se põe obliquo sobre um rio de prata… ou uma traineira colorida atravessa o horizonte apressada porque é tarde para voltar ao porto... Quase como quando vejo um homem com espuma de barbear correr a esconder-se como um menino depois de me ter dado um beijo que me deixou uma nuvem de espuma na face... Talvez seja tão bom como quando vou comprar biscoitos de dieta para gatos naquela clínica veterinária em que me atende o clone do Harrison Ford… Parecido com enrolar-me no cachecol de lã branco inglês que me deram este Inverno e que se adere à pele com uma suavidade inacreditável… Assim como se o mundo cheirasse a caramelo acabado de enrolar em nuvens de algodão doce e caminhássemos sem parar pela cidade dos beijos...
BEIJO MEU PARA TI !
BEIJOS!!

quarta-feira, junho 24, 2009

Os 100 anos do café Piolho... Parabéns!

Piolho para os amigos, é um dos cafés mais antigos do Porto. De seu nome Âncora D`Ouro, a funcionar desde 1909, foi rebaptizado por estudantes de Medicina que acharam Piolho mais apropriado. É uma das referências do Porto, quer pela sua história (que se lê através das mensagens dos estudantes afixadas nas paredes) quer pelas suas tertúlias de diversas gerações, local de encontro de estudantes associativistas resistentes à ditadura.
A 26 de Junho de 2009 o Piolho comemora 100 anos.

Pequeno Peter Pan como cresceste!
As causas nobres, que já venceste!
Onde estão os dias de brincadeira
e as longas noites de amena cavaqueira...
Os sonhos esconderam-se...
Mas de que maneira?
Como um pássaro livre fugiste um dia
por entre pombas para outra cidade.
Na busca de esquecer a filosofia,
o amor a religião, uma boa conversa.
O vinho repartido um ou outro
desejo reprimido...
Sem esquecer o fogo da liberdade...
Os beijos não se perdem meu amigo,
guardam-se no coração,
como os abraços e aquela canção...
Nesta cidade que perdeu a Primavera,
querido amigo... minha alma te espera
para compartilhar uma nova era
a filosofia... o amor... fugidos à morte...
Aqui, deitados à sorte...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, junho 20, 2009

Miróbriga


Regressada de umas breves férias que me levaram a Miróbriga a cidade de origem celta povoada desde o século IV AC que os romanos colonizaram e transformaram desde o século II AC… Estrategicamente situada perto do mar e na encruzilhada dos quatro caminhos da rosa dos ventos Oeste a Este (Sines a Beja) e Sul a Norte (Lagos a Alcácer do Sal), Miróbriga foi uma cidade de peregrinação e de grandes romarias, talvez um santuário rural…. A sua origem celta faz-me sonhar que suas gentes pediam a cura a Endovélico e mais tarde a Esculápio os deuses celta e romano da Medicina… Na verdade foi encontrada aqui uma ara votiva a Esculápio um deus menor de Roma muito querido dos povos peninsulares… pelo menos aqui residiu um médico pois encontrou-se uma colher de cirurgião e outros instrumentos… No século XVI foi construída a Norte sobre as ruínas, a capela de S. Brás o santo mártir decapitado que se comemora a 3 de Fevereiro, e que arrancou um espinho da garganta de uma criança e assim a salvou…
Uma visita pelas suas ruínas e percorrendo as suas belas calçadas de xisto, levam-nos ao fórum a imponente praça em terraço e socalcos o centro político e religioso da cidade onde se encontram um templo a Vénus e outro dedicado ao culto imperial . A zona comercial que o rodeia a Sul com as suas lojas (tabernae) fazem-nos recordar o movimento que apresentava a cidade nos seus dias de glória… com a sua hospedaria de belos frescos. Os dois edifícios de diferentes cronologias das termas muito bem conservados, apresentam os compartimentos usuais destas construções: zona de entrada, zona de banhos frios - "frigidarium" e zona aquecida - "caldarium e tepidarium". O pavimento das salas era coberto de mármores, sendo as zonas quentes aquecidas pelo sistema de hipocausto, por onde circulava o ar quente... Uma ponte de um arco de volta inteira e o único hipódromo conhecido no país, destinado a corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos, situado a cerca de 1km da cidade- dividido ao meio pela "spina" com uma meta em cada extremidade em que não se encontraram vestígios de bancadas, que deveriam ser construídas em madeira, contam-nos do movimento e das festas que a cidade organizava... Miróbriga torna-se assim uma cidade célebre, sobre a qual escreveu Plínio o Velho, o sábio historiador romano do século I .
Classificado desde 1940 como imóvel de interesse público ligado ao Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico desde 1982, o sítio arqueológico de Miróbriga o "castelo velho" de Santiago do Cacém, aguarda e merece ser considerado Monumento Nacional.
Encontra-se em pleno funcionamento o Centro de Acolhimento e interpretação, construído pelo IPPAR.
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!!

quinta-feira, junho 04, 2009

FÉRIAS....!

Preciso encontrar a razão
de meus impulsos...
Recuperar minhas forças,
o meu bem querer,
minhas dúvidas e certezas...
Reconquistar a minha alma,
reconstruir o meu ser...
Encontrar a inspiração,
as palavras... os sonhos,
escrever sem cair na solidão...
Quero saber quanto abarca
a imensidão do mar...
Entretanto...
Carpe Diem!
Que eu prometo voltar...
 obrigado
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

segunda-feira, junho 01, 2009

Aos Olhos De Deus, leitura de Junho

AOS OLHOS de DEUS passa-se em 1514 o ano em que D. Manuel I decide enviar ao Papa Leão X uma grande embaixada com as riquezas trazidas das descobertas dos portugueses no Oriente para demonstrar o seu poder. A narrativa desenvolve-se desde a chegada das naus que para além de tesouros traziam animais exóticos de África e da Índia que nunca ninguém tinha visto. O momento do desembarque, torna-se um misto de curiosidade e pânico que atravessa todas as classes sociais, o povo, a nobreza e o clero. Todos eles reagiram da mesma forma quando pela primeira vez viram um elefante. Enquanto observam do Paço a construção do Mosteiro dos Jerónimos (cuja primeira pedra fora lançada a 6 de Janeiro de 1502) e que D. Manuel I queria transformar no símbolo do seu poder absoluto, o rei, encarrega D. Diogo Pacheco seu amigo pessoal, de escrever e proferir a oração de Obediência ao Sumo Pontífice, o momento alto da embaixada a Roma. D. Manuel I, tinha um espírito empreendedor e uma extraordinária sageza política, mas era inculto e mal sabia falar ao povo e à corte. Por seu lado, Giovanni Medici, o Papa Leão X, elevado à condição de bispo em segredo aos 14 anos, pelo Papa Inocêncio VIII, sofre a influência política e o gosto pelo fausto da sua familia. O gosto pelas mulheres formosas, pelo fausto e pela luxúria para além de ambos terem um aspecto físico horrendo são as únicas afinidades entre D. Manuel I e Leão X. Em tudo o resto, nomeadamente o gosto pelo saber, nada tinham em comum. A comitiva parte de Lisboa em cinco embarcações com o seu tesouro valiosíssimo e após atribulada viagem o cortejo chega a Roma onde é recebido sumptuosamente pelas figuras profanas e religiosas da época. Este fausto contrasta com as condições de dor e miséria do povo. A narrativa conta-nos o amor de D. Diogo e Raquel Aboab uma jovem judia que ele salvou da fogueira num auto de fé em Lisboa, em que seus pais foram mortos. Entre a fé e a cegueira do poder, a aparência e a essência da condição humana, o sentido de missão e a vaidade, só o amor poderá ser redentor. Aos olhos de Deus as personalidades da história não ficarão impunes.
Tal como Rosa Brava, este romance de José Manuel Saraiva não me decepcionou e foi uma leitura aliciante.

AOS OLHOS de DEUS, José Manuel Saraiva, Oficina do Livro, Lisboa , 2008
BOA LEITURA!
BEIJOS!!

domingo, maio 31, 2009

os meninos espantalhos...

Era uma vez uma menina espantalho que vivia e cuidava de um campo de fruta em Alcobaça. Ela sentia-se muito só naquele campo que era muito grande e por isso mal caía a noite, soltava-se dos paus que a prendiam e passeava pelo campo de cá para lá e de lá para cá... De manhã, os passarinhos vinham visita-la, porque apesar de ser um espantalho, era muito doce e simpática e por isso os pássaros eram amigos dela mas, com a condição e a promessa de nunca tocarem nas sementes que ela tinha de guardar. Um dia, numa madrugada de Verão, um pássaro azul chegou com uma boa nova para a menina… contou-lhe com detalhes minuciosos que no campo vizinho tinham começado a semear, havia muita gente nova e um deles era um espantalho jovem que também parecia ser muito simpático.
A menina sentiu-se feliz com a notícia mas ficou um pouco assustada, pois outros pássaros amigos dela tinham-lhe contado que alguns espantalhos eram muito maus e temia que o seu vizinho fosse desses e assustasse os seus amigos. Mal caiu a noite, inquieta, encheu-se de coragem e foi investigar… Era uma bela noite estrelada, com uma lua esplendorosa cheia de magia em que se ouvia as cigarras a cantar em coro. Muito devagar e em silêncio chegou perto da cerca de madeira e atravessou-a mas ao chegar junto do espantalho fugiu assustada ao ver que ele se virava de rompante. No dia seguinte os seus amigos chegaram mais tarde ao seu encontro, e conversavam todos sobre coisas novas e como tinham sido bem acolhidos. Curiosa e um pouco ciumenta perguntou do que se tratava … Era simples, os pássaros antes de passar pelo seu campo, passaram pelo do vizinho e encontraram-se com o menino espantalho que estava à espera deles com água e sementes … A menina espantalho quando os ouviu ainda ficou mais intrigada que antes, e nessa noite cheia de valentia decidiu enfrentar o seu vizinho…
Quando lá chegou encontrou-o sentado, a olhar para o céu, e como estava mais precavida, aproximou-se pelo mato para não dar na vista. Quando chegou suficientemente perto viu que a cara dele estava triste, e os olhos brilhantes. Então, sem cobardia, aproximou-se dele, cumprimentou-o, sorriu-lhe e ficou a olha-lo com ternura. Ele, envergonhado com a situação, cumprimentou-a com cortesia e ficou pensativo Ela, que não podia esperar, começou a fazer-lhe perguntas a que ele respondeu com amabilidade… contou-lhe que na noite anterior se tinha assustado com um ruído, e quando se voltou viu uma sombra a fugir… imediatamente percebeu que era ela e que a tinha assustado sem querer… disse-lhe que também ele por estar só procurava a companhia dos pássaros e eles contavam-lhe histórias sobre ela… que era muito tímida e medrosa e que foi por isso que tinha fugido na véspera à noite... O espantalho não conseguiu esconder a sua alegria pela possibilidade de poder estar assim junto dela. E foi assim, que nessa calma noite, aconteceu o milagre de se tornarem grandes amigos. Todas as manhãs os pássaros voam entre um e outro e levam mensagens e todas as noites, se encontram perto da cerca de madeira para caminharem juntos até à lagoa, conversar sobre a vida e ouvir os grilos que cantam até o orvalho os vir acariciar… Passeiam de mãos dadas até à hora de cada um voltar para o seu campo…


*****

Desde 1 de Junho de 1950 que se comemora o Dia Mundial da Criança por iniciativa da Federação Internacional de Mulheres Democatas que propôs à ONU a criação deste dia. Este dia não é só um dia de festa. É um dia em que se pensa nas centenas de crianças que continuam a sofrer de maus tratos, doenças, fome e discriminações. Podem ver aqui a página do Comité Português para a UNICEF
Em 20 de Novembro de 1989, as Nações Unidas adoptaram por unanimidade a
Convenção dos direitos da criança, documento que enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais – os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais – de todas as crianças, bem como as respectivas disposições para que sejam aplicados.
Este é o meu tributo ao Dia Mundial da Criança...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!

segunda-feira, maio 25, 2009

Desafio-Selo

Este desafio e selo foram-me oferecidos pela minha amiga MC do Blog ISCTE 72-77. Bien sur qu'elle adore mon blog et a tous que je passe ce timbre je les adore... Oui, J'Adore ton blog...
O Desafio consiste em:

1º- Colocar o selo no Blog.
2º- Divulgar as regras.
3º- Confessar 5 coisas que gosta de fazer
4º- Indicar os 10 blogues a quem se envia o convite para seguirem
5º- Informar os mesmos que foram premiados.


Passemos à acção...
Cinco coisas que gosto de fazer...
Preparar um requintado jantar para as 4 gerações da família.Passear junto ao marTomar um chá com scones acabados de fazer numa tarde de Inverno com a minha melhor amiga, e esquecer-nos da hora de jantar...Transformar o meu terraço num jardim suspenso...Visitar o mercado da fruta de todas as terras por onde viajo...

Passo a 4ª regra, e ficarei feliz se do selo ao lado que diz amigos, 1o se considerarem nomeados e o continuarem...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sexta-feira, maio 22, 2009

pudesse eu!

O tempo passa mas não passa o amor,
basta um sinal para sentir,
que tudo continua intacto...
Pudesse eu dar-te a lua…
o sol… as estrelas…
Pudesse eu!
Pudesse eu dar-te o mar…
as montanhas… os rios…
Pudesse eu!
Pudesse eu dar-te o futuro…
e todos os sonhos…
Pudesse eu!
Que posso oferecer-te?
Amor… respeito…
admiração… dedicação
em cada um dos meus dias…
Um abraço… um beijo…
um carinho…um poema…
uma carta… recordações…
Pois tudo o que tenho
para te dar, vem de dentro…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quarta-feira, maio 20, 2009

segredos...

Segredos secretos, cobertos com um véu, silenciosos, sabem como fazer sair o génio da lâmpada, ocultam-se nos bosques, por trás das fisgas, tocam clarinete ou saxofone, sempre instrumentos de sopro...de vento… Por vezes vestem-se de gala... se a ocasião o merece... outras, vestem-se de luto... Alguns empunham um punhal afiado... outros desfolham margaridas muito pacientes... sabem que tarde ou cedo acabam por ser descobertos… Alguns estão nas gavetas da cómoda, quando tiramos a roupa caem ao chão ou fazem malabarismos para subir pelo nosso corpo… Alguns choram com dramatismo, outros bebem amêndoa amarga e de vez em quando mostram a língua bífida para meter medo… Segredos, secretos, indiscretos, desejosos de abandonar o anonimato, saltam ao lago para pernoitar debaixo de água e gritar aos peixes o que certas pessoas não devem ouvir. Alguns foram amordaçados, pois de longe se via que cantariam logo sem necessidade de qualquer tortura… Alguns estão mal remendados, e outros fazem bater forte o coração e passam a ser pressentimentos… outros patinam sobre gelo frágil e acabam por se fundir em mares de certezas. Há segredos… Porque me chegaram a mim um atrás doutro quando deviam hibernar nas suas cavernas? Olho-os de frente, contemplo-os e guardo-os de memoria… Não sei se os meta na liquidificadora, não sei se os ate, cave uma grande cova e os enterre de uma vez por todas — mas não tenho coração para os conseguir enterrar tão vivos como estão agora— talvez formar um coral e ir dar pequenos recitais nos jardins daqueles que pretenderam oculta-los… Melhor irem comigo e no caminho lhes direi que não sou sua dona, não me sigam para todos os lados, nem me seduzam com augúrios de poder… o melhor será declara-los livres mesmo sem saber se isso possa originar o caos, pois fazem um ruído ensurdecedor depois de terem passado tanto tempo em silêncio. Segredos, secretos, pequeninos e despidos, com uma boca tão grande e uns olhos tão profundos...
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!

domingo, maio 17, 2009

A ausência e a distância...

Não ligues a distância com ausência.
Não ligues a ausência com saudade.
Não ligues esquecimento a latência
Por amar teu silêncio em liberdade.

Pois mesmo distante te acompanho.
Porque mesmo ausente estás comigo.
E se do esquecimento eu te falo
Me falas tu também, meu querido amigo!

Peço-te não confundas a distância;
Que a ausência não passa de um retiro.
Em minh’ alma não cabe a arrogância…

Meu estranho cavaleiro vagabundo
Indócil, meigo, sábio e desvairado,
Segue na vida e vence pel’o Mundo!

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quinta-feira, maio 14, 2009

A necessidade se encaixar...

Às vezes os medos são mais fortes que a realidade… Então escondemo-nos por cantos escuros… e vamos à procura de um espaço para podermos ser… É difícil a procura quando ninguém entende ao que vamos, complica-se quando não sabem bem onde nos “encaixar”… Mas não se trata de encaixar, mas de ser! Quando se é, sempre se “encaixa” onde quer que se esteja. O que cada um vale, não está sempre à vista e só algumas pessoas especiais o sabem apreciar, os outros só procuram “encaixar–se” para estarem acompanhados… A solidão faz parte da vida, ensina-nos a estar connosco próprios. Se nos aceitamos, os outros também o farão. É o melhor filtro para estar com as pessoas adequadas. Não se trata de merecer, cada um é o que é e tem o que deve ter. Sempre temos a possibilidade e a liberdade de tornar possível o impossível… Tudo depende do que sonharmos para nós… Sonhar projecta-nos e impulsiona-nos, sem nunca perder o objectivo. Fracassar também faz parte da vida e ensina-nos a levantarmo-nos e seguir em frente... È o que nos dá valor como pessoas... Nem todos conseguem faze-lo, mas essa possibilidade é de todos… Um perdedor será, quem sabendo isto se deixa estar “encaixado”…

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

domingo, maio 10, 2009

Homo Sapiens

Porque penso tornei-me um ser estranho
à Natureza que me criou a Mãe Terra.
É à volta desta frase já velha… bem velha
que tudo gravita e existe como é, até eu próprio…
O que possa dizer neste momento
traz dependurado de um fio ao pescoço
o talismã de repetições, hábitos de milénios….
Até este falar de mim mesmo,
envolto num bafio de sensaboria
a minha incapacidade de prever o imprevisto...
Porque penso, sou um ser estranho
com propósitos bizarros de auto compreensão...
Como compreender a burla, a pantomina
o meu permanente jogo na realidade
diferente daquilo que aparenta ser…
Porque penso, sou um ser estranho
que deveria ser coerente,
ser o homem que não percebe
as coisas mais simples da vida…
Porque penso sou um ser estranho
que em si pode conter ou não,
todos os sonhos do Mundo…
Porque penso, sou um ser estranho
a quem já só resta uma saída:
acabar resolutamente com o que tem sido
mudar de um momento para o outro
e volta e meia mudar o que sou
para o que deveria ser e não sou…
Agora, já, ou só quando puder
quebrar aquilo que me tem feito ser,
não o que poderia ter sido e não fui
mas forçosamente o que tenho de passar a não ser
quebrar ou apenas abandonar
as contingências que me definem e determinam.
Porque penso, sou um ser estranho…
*****
A querida Ana Martins do blog Ave Sem Asas ofereceu-me este selo. Obrigada amiga!
As regras são: Repassá-lo a 7 blogs que deverão falar do Homo Sapiens e do seu significado. E os meus nomeados são:
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

quinta-feira, maio 07, 2009

passear pela rua...

Passear pela rua é mais que uma simples recordação que se fixa na retina…é conquistar o Sol com o olhar de uma menina… é sorrir com a silhueta de dois velhos que se beijam dando as mãos… recordar o olhar de um estranho que nos sorriu na esquina…É observar do outro lado da rua numa montra os manequins a dançar um tango argentino enquanto se passa a noite a beber um copo….é mais que um simples momento… É tomar um café numa esplanada banhada de Sol e agarrar o sorriso de um menino para o colocar numa estrela como sinal… É tirar os sapatos e pôr-se a correr como uma louca na relva do parque… tocar no pêlo de um cão e enternecer-se com o seu olhar… cruzar aquela esquina e recordar o primeiro beijo que nos fez voar… Passear pela rua é mais que a criação de um poema para recordar… é imaginar e sentir como um motivo que faz chorar de emoção… É uma bênção quando se olha as flores que nos ensinam a perdoar… é dizer – obrigada -aos amigos que o são de verdade… é cantar a canção que conta como o Sol se volta a enamorar quando o dia amanhece e a Lua se despede no horizonte… Passear pela rua é simplesmente beber do silêncio a eternidade…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

segunda-feira, maio 04, 2009

Flores à chuva...

Intensa e copiosa chuva
cai sobre a alma
confusa, perdida…
O que salva uma condenada
se as marcas perduram
apesar de absolvida...
Nada se compara
a copiosa chuva,
quando brota
cai... lava a alma
e dá Vida!
Que flor floresce
sem perder pétalas
enquanto cresce?
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sexta-feira, maio 01, 2009

O Miúdo, Kevin Lewis, leitura de Maio

Kevin Lewis 36 anos, casado e pai de dois filhos, conta-nos na primeira pessoa a sua história. A sua infância destituída de oportunidades, é-nos relatada de forma devastadora. Cresceu num bairro social do Sul de Londres, numa casa caótica onde reinavam a pobreza, a fome, os gritos e a imundice. Os pais maltratavam-no sucessivamente e esses espancamentos diários e a fome, resultaram numa enurese nocturna até à adoslecência e mais tarde em graves problemas de bulimia. Os seus relatos da indiferença da Segurança Social à sua situação são paradigmáticos da falta de tomada de decisões em tempo útil desta instituição. A sua situação familiar conduz a que na escola seja marginalizado e maltratado pelas outras crianças, que o apelidavam de "maltrapilho". Passa por várias famílias de acolhimento, sempre com carácter transitório onde não consegue encontrar o que mais necessita, verdadeiro e genuíno afecto. Aos 17 anos, mergulha no submundo de crime londrino, onde ficou conhecido por «O Miúdo». Kevin dá-nos o testemunho da violenta fúria com que é espancado pelos pais, dos tormentos que sofre na escola e do modo como vai lidando com a rejeição por parte daqueles em quem confiou que o levam a equacionar o suicídio. Conta-nos como conseguiu ultrapassar todas as dificuldades e construir uma vida familiar estável. Um livro indispensável a profissionais de saúde, educadores e assistentes sociais. Uma leitura fundamental para quem tem filhos pequenos, pois é o seu receio permanente de não ter capacidades parentais que o leva a relatar a sua infância. Uma leitura que me marcou pela positiva.
o miúdo uma história verídica, Kevin Lewis, tradução de Maria João Bento, Bertrand Editora Lda, Março de 2009
Boa Leitura!
BEIJOS!!