quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Equinócio de palavras...


Surpreendo-me no equinócio das tuas palavras,
que me envolvem, seduzem e encantam,
acendem um sorriso que confunde as minhas urgências
e anuncia a luz da Primavera a chegar…
Revolto-me com a saudade que dança em espirais,
no silencio que ronda em murmúrios transparentes
Atravesso o beijo que nasce ao pensar em ti,
esboço despedidas com o receio de perder-te...
Sento-me e revejo-te nas rosas que florescem
no brilho das estrelas que lembram teu olhar,
lembro a ternura do teu abraço,
no "Amo-te" que guardo para dizer-te
no "Outra Vez"
que nos vai fazer reencontrar...


Esta é a minha resposta ao desafio das 12 palavras (e havia tantas outras...) que as queridas Sophiamar do blog A Ver o Mar, e Elisa do blog Mar de Chamas a quem roubei a foto, me lançaram... Meninas e meninos que se sintam desafiados podem continuá-lo... Que tal Ana, Pena, Renda, Catarina, Patty, não o querem continuar?
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

domingo, fevereiro 24, 2008

Hoje vou dar-vos música... Desliguem o player...

Desafiada pela Sophiamar do blog A Ver o Mar vou dar-vos música… falar das músicas que foram importantes na minha adolescência e porquê… A música fez parte da minha vida… aprendi piano aos 6 anos… o solfejo… o Orfeão no liceu… os concertos no Rivoli... e claro o rádio e o gira-discos… recordo aquela noite em que ainda criança me comovi até às lágrimas a ouvir na rádio o concerto de violino de Paganini em Lisboa… Mas aquela que ainda hoje ouço às escuras e me deixo empolgar pelo som que me envolve quando tenho problemas ou alegrias é…

Lá em casa lia-se o “Salut les Copains” e por isso a Sylvie Vartan, Johnny Holiday, Sheila, Adamo, Charles Aznavour, entre outros, faziam parte da família… mas aquela que vos trago é Françoise Hardy…


Poderia lá ter ficado indiferente aos quatro jovens de Liverpool que arrastaram multidões… foi com esta cantiga que convenci a Tátá que eles eram muito mais que “cabeludos” barulhentos e tinham qualidades harmónicas invulgares…

Fartei-me de dançar, todo o género desde o rock ao twist, passando pelo cha cha cha e o hula-hoop mas este slow pela voz dos Brothers Four marcou uma época muito importante na minha vida…

Trauteei vezes sem conta este dueto de Dalida e a minha grande paixão do cinema… (porque será?) … lol…

E por fim uma das melhores vozes femininas de sempre (Barbara Streisand) com uma das cantigas da minha vida…

Foi um desafio interessante que passo a todas as meninas e meninos que passam por este campo e que gostem de música.

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Fala-me em silêncio...

Fala-me,
no silêncio de teus abraços,
e transforma o sentimento
em diálogo amoroso
onde as tuas mãos
escrevam carícias
com o fogo da paixão.
Fala-me,
com essa humidade única
fruto da transpiração
que produz a mistura
de nossos corpos.
Fala-me,
com o verde penetrante
do teu olhar,
qual bosque encantado,
onde me perco...
Fala-me,
a cada palpitação de teu coração
que em conjunto com o meu,
tocam uma melodia de amor.
Fala-me em silêncio…
Mas…Fala-me de amor!

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Eu... por mim própria...

Mais um desafio que as queridas Renda de Bilros do blog que conversa! e da agulheta do bog Mar de Chamas me passaram e que é complicado…escrever 6 coisas peculiares (próprias, privadas, características) a meu respeito... Não gosto de falar de mim… mas conto-vos uma história com o narcisismo quanto baste para (q.b.p.)...
A menina Papoila, nasceu no Porto, Santo Ildefonso num lindo dia de Março, em pleno século XX, de pai tripeiro de gema que muito a mimou até que, depois de lhe dar um mano, muito tragicamente morreu às mãos de famoso Professor Doutor Cirurgião da Faculdade de Medicina do Porto, e de mãe alfacinha da freguesia das Mercês… assim, nunca trocou os “v” pelos “b” e não diz Puartueee… nem carago… lol…
Esta menina a quem todos chamavam “encantadora”, cedo se apercebeu que viver é um dom da Natureza, e viver bem, é partilhar com os outros seus semelhantes em vida, seus próprios encantos, pois cada um, com os seus… Daí acreditar sempre, e acima de todas as coisas, na fraternidade Universal e Cósmica, a que uns outros, que muito admira chamam Deus... Porque sempre se encantou com Camelot, acredita em fadas, anjos e duendes, e teima em encontrar-se a si mesma, para mais e mais poder partilhar a bênção de estar viva, na constante procura do Graal de cada um. Nasceu e cresceu dando-se e doando-se em tudo quanto faz ou quer fazer… e que histórias ouviu, viveu, e voltou a ouvir de seus bens aventurados avós, o Vôvô Eduardo, velho republicano, bem conhecido pela sua consciência, em que ardia como chama sagrada o culto da amizade, a paixão pela justiça e a permanente cordialidade que lhe ria nos olhos; e outro, o Vôvô Luìs, muito mais aventureiro, republicano anarco - sindicalista, de porte de nobreza, marialva com galhardia, misto de Spartacus, Robin Wood, ou Sir Arthur… Seus, avós , seus primeiros e incondicionais amigos, sempre em rota de colisão de carinhos, mimos e goluseimas, que lhe alimentavam os sonhos, e lhe consolidaram esse encanto natural da dádiva permanente a tudo que vivia…Quanta pergunta…!. E sempre, com paciência respondida…e a menina pergunta, e pergunta e pergunta… “- E um fóssil é um mineral Vôvô?, mas se já teve vida…!…Então Vôvô, um mineral também tem vida…!?” “ - E a Terra também tem vida? Vida para além de nós??? E se morre, nós morremos?! A Natureza está sempre em mudança, não é Vôvô? Se nada se perde, nada se cria, tudo se transforma!” “ - Esta menina pensa demais para tão menina, meu Caro! Precisa brincar mais…!” “ - Concordo, mas não pensa mal, meu Caro, e diverte-se a ler…Que fazer? É a sua brincadeira favorita…e lê, e ri até às lágrimas, e lê e chora, e lava a alma…! Não pode fazer-lhe mal, em meu parecer de leigo na matéria…” E assim, a menina de seus avós se vai tornando “aprendiz de feiticeira”, na senda de Merlin… Aprendendo a aprender, com amor e por amor, com ternura franciscana… mais uma vez Camelot, Sir Arthur e seus cavaleiros, os mistérios da Vida e da Morte, e a Morte ali tão perto…! E a necessidade de sublimar todas as suas grandes perdas na constante procura de si mesma e no que nela resta dos sonhos, risos, travessuras e valores de seus tão “livre pensadores” avós… O que ficou? Ser livre, com paixão e compaixão, amar fraternalmente seu semelhante em vida, tolerar a diferença, manter-se vertical, igual a si mesma, agora e para todo o sempre… Amén!

Gostaria de o ver continuado pelos queridos amigos:

* Ana Scorpio*

* Gui*

* Manuela*

* Maluca Responsável*

* Pitanga Doce*

* Maresia-Mar*

PARA TI, UM BEIJO MEU!

BEIJOS!!!

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Horizonte de sonhos...

Horizonte de sonhos
extraviados no alto mar
guiados pela ténue luz
de uma lua escondida
Pérolas em pingente,
inundam meus olhos…
Mares salgados de ausência
disfarçados de chuva…
Sentimentos sequestrados
pela essência que transpira
do amor que acordou
a alegria de meu andar…
A tua luz e sombra que acendeu
meu desejo num só olhar…
A cada doce desencontro
nasce… sonho a sonho…
o meu verdadeiro amor.
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

sábado, fevereiro 02, 2008

INTUIÇÂO, leitura de Fevereiro

INTUIÇÃO é o primeiro romance de Allegra Goodman publicado em Portugal. Allegra, nasce em Nova Iorque, Brooklyn e com 2 semanas vai para o Hawai, onde vive até ingressar na Universidade de Harvard para se licenciar em Inglês e Filosofia. Casa-se quando termina a licenciatura e vive um ano em Inglaterra. Regressa aos EUA e obtém o doutoramento em inglês em Stanford. Este seu terceiro romance foi considerado pela crítica o melhor livro de ficção em contexto científico de 2006 pela revista The New Worker.
Em ciência pode comprometer-se uma investigação quando o rigor e a intuição se chocam. O romance retrata os dilemas pessoais e profissionais actuais.
Na história, passada na sua maior parte num laboratório de pesquisa e renome em Bóston, cruzam-se um médico oncologista muito conceituado sedento de sucesso e publicidade, uma cientista apaixonada pela investigação e um investigador jovem e ambicioso que se encontra à beira da demissão.
A trama inicia-se quando é feita uma descoberta importante e revolucionária que pode ser muito promissora. A mutação de um vírus pode abrir novas perspectivas e ser a pista ainda não encontrada na cura para o cancro.O espaço até aí frio e racional do laboratório começa a criar condições para as ambições e sonhos de todos os que nele trabalham. No entanto, à medida que a investigação progride, a credibilidade dos resultados começa a ser posta em causa: uma das investigadoras, em recuperação de uma relação falhada com o colega que apresentou os novos resultados, questiona-os e lança toda a equipa numa espiral de desconfiança, inveja e desilusão.
INTUIÇÃO è um romance muito actual, que prende o leitor da primeira à última página e levanta permanentes questões quando a razão e a intuição colidem.
Poderá uma promessa de vida revelar-se fatal?
Estas algumas das críticas da Imprensa:
"Intuição é uma expedição fascinante às intrigas que fervilham no local de trabalho."USA Today "De absoluta qualidade em todos os aspectos. Um romance fabuloso."Kirkus Reviews "Um romance verdadeiramente humanista, nascido dos assépticos limites da ciência."Publishers Weekly

“Beth tinha ido à mesa dos doces quando Kate regressou, com um volume gasto dos ensaios de Francis Bacon.
Agora, sem nada que lhe tirasse a atenção, Cliff voltou-se para Kate, e ela sentiu o seu sorriso afagá-la, como se ambos estivessem muito próximos, e as sobrancelhas o nariz e os lábios dele tocassem levemente nos seus. Quis sentar-se junto a ele, mas era demasiado tímida.
Encontrei isto – exclamou sentando-se tão próxima de que era capaz, apenas um degrau abaixo. – Este é o ensaio sobre a “verdade”.
- Excelente. – Inclinou-se sobre o ombro dela para ver a página.
- “O que é a verdade?, perguntou Pilatos com ironia, sem esperar resposta…” – A voz tremia-lhe mal começara a ler. Esperava que ele compreendesse porque tinha escolhido aquele ensaio, que compreendesse o significado do gesto: todas as mentiras, dúvidas, toda a fealdade da investigação se reduziriam a nada. No final, a verdade do que ele havia feito, tudo o que seu pai, Marion, o laboratório inteiro tinham conseguido sobressairia. – “A verdade é uma luz diurna, nua e livre” – continuou lendo -, “que não mostra máscaras, pantominas e triunfos do mundo com tanta majestade e elegância como a luz das velas. Talvez a verdade seja como uma pérola, que se observa melhor à luz do dia, mas não como um diamante ou carbúnculo, que pedem luz mais matizadas…”
- Espera. Mais devagar - pediu ele.
- Queres ler tu?
- Estou ligeiramente…Só preciso de acompanhar um pouco mais lentamente – disse. – Então a verdade é uma pérola, e o que era o diamante?”

In INTUIÇÃO, Allegra Goodman, tradução de Vítor Guerreiro, Porto – Editora, Lda, Novembro de 2007, pág 278 de 382.

BOA LEITURA!
BEIJOS!!!