É curioso ver rolar cabeças, apalpar por cima dos ombros e confirmar… Não, não é a minha a que acaba de cair… A “lei da selva” no local de trabalho é implacável, e, apesar da tensão que se mistura ao ambiente muito tempo antes… sempre nos surpreende e sobressalta a mão do verdugo no pescoço de um companheiro… nem que não nos salpique nem uma gota de sangue do caído… mesmo que nunca nos tenham dispensado… sente-se uma certa amargura pelo que se vai… e reconforta saber que o facto de ser só uma simples e vulgar “porca” da engrenagem não é mau… alegro-me, e de que maneira, por não ser um sofisticado sensor fabricado a pedido… a funcionalidade e a humildade da "porca" tornam-na invisível…discreta como só o são as peças importantes…em que só se repara quando se rompem e deixam o mecanismo parado… fazendo com que a produção pare e se comece a medir o tempo em dinheiro perdido… porcas que se vendem em qualquer loja de ferragens por uma ninharia, mas que, desde que funcionem, mesmo que só seja por preguiça, para não desmontar a engrenagem, lá continuam e continuarão por séculos e séculos… se a máquina se desliga, até se podem aproveitar para montar outro mecanismo… É a vantagem que têm... são peças simples… universais… e usam-se em qualquer motor… desde uma máquina de rebuçados a um monta-cargas… duras, resistentes, baratas e polivalentes, encaixam-se em qualquer lugar em que se queiram colocar...e servem para que a máquina nunca deixe de funcionar…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!
BEIJOS!!!