sábado, setembro 26, 2009

recordo o teu rosto...

Recordo o teu rosto,
e o teu corpo!
A minha pele
guarda o teu suor
sedenta de ti…
Com beijos sensuais
acende o meu fogo
enlaça-me…abraça-me
sente meus seios,
rouba-me suspiros
da noite à alvorada…
Nesse momento único
este meu sonho
torna-se realidade...
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!

segunda-feira, setembro 21, 2009

tempo de outono...

Sentimo-nos presentes no tempo quando olhamos as ondas que murmuram memórias… enquanto ouvimos as nuvens a baixar nas dunas… como a despedirem-se… num abraço profundo ao encontro da vida que pulsa no corpo… Estamos presentes quando olhamos o céu e o sentimos… quando a garganta conta uma estrela e faz sorrir o rio que flui para o mar… quando um ramo se acende no umbral de uma porta que um dia sonhou que era de pedra… Estamos presentes no cair das folhas em castelo, no planeta das cores que dão voltas à sombra quando esperamos juntos o amanhecer.
PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!

terça-feira, setembro 15, 2009

rapsódia de Outono

Aqui frente a nós
abre-se uma ponte...
Sinfonia seca
que cerra fileiras
em ondas de cor.
Os beijos do Sol
pintam folhas douradas,
são alfombra mágica
na terra virgem…
A paisagem rubra
estende-me uma ponte
que vai dar ao Inverno
do meu almanaque.
Tu, nos meus olhos,
o Outono mágico:
perco-me em teus braços;
num céu de estrelas…
Dá-me a tua mão
estou do outro lado...
Espero-te
de vestido escarlate
odalisca incensada.
Coloridas folhas caídas
atapetam os solos
de árvores caducas.
Outono,
entre ocres e dourados
soltam-se folhas lânguidas,
em danças de roda…
Dão passagem ao sol,
em ocaso rubro…
Libertam-se acordes
de uma música nova…
Não há Outono...
Só frutos de amor,
espumas índigo,
em ocasos de mar,
que falam de ti…
Deixa que atravesse
poentes de nuvens
deixa que semeie beijos
em cada Outono,
e pontes em cada nuvem…
BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

quinta-feira, setembro 10, 2009

palavras ao vento...

Se há algo que não consigo controlar são as emoções…
Sem ter poder sobre elas, dominam-me, fazem-me perder a cabeça, a compostura e a razão…
Levam-me às nuvens, fazem-me tocar o céu, inundam-me a alma de vida, de paixão, de alegria…
Se pudesse ter controle sobre elas seria mais uma daquelas…
Das que fazem juízos prévios, das que nunca se deixam levar, das que temem ser felizes…Mas eu não pertenço a essas almas…
Sou uma alma livre dominada pelas maiores emoções que um ser humano pode sentir, sou um ser humano imperfeito que se deleita com o imperfeito da vida…
E assim continuo por cá… a viver a maravilhosa imperfeição da vida…

(Conversa privada entre mim e o vento…)

BEIJO MEU PARA TI!
BEIJOS!!!

domingo, setembro 06, 2009

Motim de beijos...

Tenho amotinados
os beijos pendentes,
desculpas esfarrapadas,
pretextos indecentes,
e propostas descaradas ...
Tenho o fio da emoção
na borda da manhã,
a vontade de soltar
a sombra da tua mão,
a pressa de estrear
um relâmpago em meu olhar,
o instinto primitivo
de rir-me sem razão...
Fazer de teus braços meu abrigo,
abreviar a agonia do desejo,
mergulhar em águas transparentes...
E assim, lavar o tempo
que não vivi contigo.

PARA TI UM BEIJO MEU!
BEIJOS!!!

terça-feira, setembro 01, 2009

"Jesusalém", leitura de Setembro

Jesusalém”, o último romance do escritor moçambicano Mia Couto foi considerado pela Caminho como “a mais madura e mais conseguida obra de um escritor no auge das suas capacidades criativas”. Quando Dordalma morreu, Silvestre Vitalício considera que o mundo acabou, abandona a cidade e refugia-se com seus dois filhos Mwanito e Ntunzi, e o seu criado Zacaria Kalash nas ruínas que restam de uma antiga coutada há muito deserta. A história é-nos narrada por Mwanito que necessita escrever e usa cartas de jogar para as suas anotações. Quando Vitalício deu o nome de Jesusalém à sua nova morada decretou que do Lado-de-Lá existiam apenas territórios sem vida enquanto ali onde viviam não havia senão vida sem saudade nem esperança… apenas gente… é pois uma história de solidão… e de personagens que a habitam… Um romance com a magia a que nos habituou Mia Couto, uma leitura que nos prende desde início.
Começa assim:
“Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era ‘um bocadinho mulata’, Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável.Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”.
A prosa poética de Mia Couto, ajuda sem dúvida a que este nosso mundo ganhe novo encanto…

Jesusalém , Mia Couto, Editorial Caminho, Lisboa 2009
Boa Leitura!
Beijo Meu para Ti!
BEIJOS!!!