O romance de estreia de Sam Savage tem como protagonista e narrador Firmin. Quis o acaso que ele nascesse na cave da Pembroke Books, uma livraria de Boston nos anos 60. A sua mãe uma ratazana alcoólica fez o ninho em folhas arrancadas de Finnegans Wake, de James Joyce. Firmin o mais fraco da ninhada de 13, que disputavam as 12 tetas da mãe, desde cedo que devora livros, ao principio no sentido literal pois prefere devorar os livros da livraria a acompanhar a família na procura de comida mas mais tarde no literário, pois aprende a ler e torna-se um leitor ávido e requintado. Contudo, um rato culto é um rato solitário e enquanto Firmin aperfeiçoa a sua fome insaciável pelos livros, a sua emoção e os seus medos tornam-se humanos. Marginalizado pela família, procura a amizade do livreiro, e depois de um escritor fracassado, mas não consegue falar nem comunicar mesmo depois de aprender a linguagem gestual. Tudo o que ele queria era poder amar Ginger Rogers e sonhava ser o próprio Fred Astaire: ter a sua cintura fina, as pernas compridas e um queixo que parecesse "o bico de uma bota". No entanto, quando se olhava ao espelho, o que via era um ser sem queixo, peludo e minúsculo: ou seja, um rato. Firmin é um ser humano em todos os aspectos, excepto no físico – diz-nos Savage – É um humano preso num corpo de rato, e essa é a sua tragédia. Será a história de um rato que imagina ser um homem, ou a história de um homem que imagina que é um rato? É claro que Firmin é as duas coisas, e foi a minha última e apaixonante leitura. Diz Rosa Montero "Firmin foi um acontecimento na minha vida de leitora, um desses encontros com uma personagem inesquecível. Original, com graça e profundamente comovedora, esta aguda fábula sobre a condição humana é um tiro no coração".
Sam Savage é natural da Carolina do Sul, e fez a licenciatura e o doutoramento em Filosofia na Universidade de Yale, onde leccionou por um breve período. Abandonou a docência para se dedicar a outras actividades. Trabalhou como mecânico de bicicletas, carpinteiro, pescador e impressor tipográfico. Aos 65 anos, estreia-se com Firmin, uma obra original e carismática que alcançou rapidamente um enorme sucesso nos Estados Unidos da América, Espanha, Brasil e Itália, tornando-se um símbolo da paixão pela literatura.
Sam Savage é natural da Carolina do Sul, e fez a licenciatura e o doutoramento em Filosofia na Universidade de Yale, onde leccionou por um breve período. Abandonou a docência para se dedicar a outras actividades. Trabalhou como mecânico de bicicletas, carpinteiro, pescador e impressor tipográfico. Aos 65 anos, estreia-se com Firmin, uma obra original e carismática que alcançou rapidamente um enorme sucesso nos Estados Unidos da América, Espanha, Brasil e Itália, tornando-se um símbolo da paixão pela literatura.
Firmin, Aventuras de um marginal na cidade, Sam Savage, tradução Sofia Gomes, ilustrações Fernando Krahn, Grupo Planeta, Lisboa, 1ª edição: Janeiro de 2009,
BOA LEITURA!
BEIJOS!!
BEIJOS!!
11 comentários:
Nunca é tarde para começar. E pela descrição que fazes é uma excelente narrativa daquelas que nos fazem pensar. Uma sugestão, de entre muitas outras, também tuas, que terei em conta.Uma fábula dos tempos modernos.
Beijinhos querida Papoila
Bela a descrição do texto,mesmo sendo uma fábula,nos deixa a pensar um pouco.
Beijinho de amizade bfs
Lisa
É realmente uma Fábula muito interessante! Uma boa sugestão para uma leitura.
Procurei em livros e livros,
Um poema,
Um parágrafo,
Uma frase,
Que me resguardasse da mágoa, Como janela de vidro protegendo o rosto da chuva.
Mas nada do que leio chega para contar o que sinto.
( N.G.J. )
Bom domingo para você e toda sua família
Abraços
Passa la no blogger tem uma novidade
Olá. Boa noite
Até que gosto de ler algo novo e interessante.
Amizade
LUIS 14
Uma sugestão interessante.
Vou dar uma vista de olhos e depois decido.
Obg pela dica
Beijinhos e boa semana
Papoila,
Um rato culto é solitário... tal como um ser humano culto normalmente é solitário. O mundo por vezes é demasiado cruel com aqueles que respiram cultura.
Bjo.
Olá, minha querida!
Tu estás muito activa aqui, na blogosfera.
Eu ando a tentar, como leste, alterar alguns hábitos.
A hipótese de voluntariado cultural que mais me agradava gorou-se.
Vou partir para outra!
Parar...só quando não puder mais...
Beijinhos
Passei por aqui e gostei,parabéns
Este leitor de leituras quase sempre adiadas, aproveita as pausas ( a próxima será na Páscoa), para colocar alguma ordem na prateleira, onde ainda restam dois livros (oferecidos) por ler. A sugestão é interessante.
Cumps
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