Cão Como Nós, de Manuel Alegre é uma novela com pouco mais de cem páginas que nos conta em prosa poética as saudades que sente do seu cão Kurika, um epagneul-breton que nasceu com uma estrela branca na testa. Kurika, faz-se presente através das memórias de seu dono, o narrador, intercaladas com as emoções que este nos transmite pelo vazio que sente com a sua ausência física. Durante toda a vida do animal foi o único membro na família que o tratou exactamente como ele era, um cão, pois para seus filhos era mais um irmão. Com a sua morte compreende que era muito mais que isso… era a alegria à chegada, a presença entre os pés, o olhar atento, a teimosia. Para Kurika não haviam portas fechadas e desobedecia com frequência a algumas ordens. Era um cão que acreditava não ser cão mas mais um membro da família a quem o narrador reconhece a fidelidade e o amor incondicional.
Conhecemos os laços de Kurika com toda a família, e a sua vincada personalidade rebelde, caprichosa e desobediente. Um cão e uma família, uma relação difícil; a amizade entre um homem e o seu cão, que vai da cumplicidade ao confronto. O enorme poder de um olhar dócil, apesar de sempre desafiador.
“Sei muito bem que as pessoas saem dos retratos, sei isso desde pequeno, mas tu não, estás proibido de voltar a fazer o que fizeste esta noite, não posso entrar na sala e ver outra vez a tua moldura vazia.”
Aproxima-se a época dos animais abandonados, esta é a leitura que vos recomendo para Julho.
Cão Como Nós, Manuel Alegre, publicações D.Quixote, 16ª edição, Lisboa Janeiro de 2008.
Conhecemos os laços de Kurika com toda a família, e a sua vincada personalidade rebelde, caprichosa e desobediente. Um cão e uma família, uma relação difícil; a amizade entre um homem e o seu cão, que vai da cumplicidade ao confronto. O enorme poder de um olhar dócil, apesar de sempre desafiador.
“Sei muito bem que as pessoas saem dos retratos, sei isso desde pequeno, mas tu não, estás proibido de voltar a fazer o que fizeste esta noite, não posso entrar na sala e ver outra vez a tua moldura vazia.”
Aproxima-se a época dos animais abandonados, esta é a leitura que vos recomendo para Julho.
Cão Como Nós, Manuel Alegre, publicações D.Quixote, 16ª edição, Lisboa Janeiro de 2008.
Boa Leitura!
BEIJOS!!
15 comentários:
Também tenho um conto sobre um cão Merdock (infelizmente só em 3ª edição) (rs)
Também tem um blog. E tem uma estátua e placa comemorativa da sua libertação, no antigo Liceu Nacional de Faro, hoje Escola Secundária.
Cumprimentos meus
Querida amiga! De regresso venho só dizer um olá,conheço e tenho este livro,leitura bem ao jeito de Manuel Alegre.
Beijinho fica bem
Sim senhor muito boa escolha. Já li o livro e gostei muito. Aliás gosto do Manuel Alegre - escritor e poeta - irrita-me enormemente o Manuel Alegre "politicóide".
Fico sempre muito admirada com o abandono de animais...as pessoas não se responsabilizam por nada nem se apegam a ninguém...
O meu cão, um lindíssimo golden retriver morreu o ano passado e ainda agora lhe sinto a ausência...
Manuel Alegre é também um dos escritores que gosto de ler.
Como leitura aconselhada, parece-me bem.
Beijinhos,
Ana Martins
Obrigado pela indicação, gosto de livros assim.
beijo
Oh, Linda Amiga:
Um texto comovente. Enternecedor. Lindo.
Já li o livro "Cão Como Nós" que indica de Manuel Alegre. Delicioso.
As suas escolhas vivem e respiram de perfeição.
Sabe, que tinha um cão em casa que se arreliava comigo por não lhe desejar e expressar um simples Bom-Dia.
Os animais têm sentimentos. Encantos. Vivências tal e qual o ser humano.
Um Post de fascinar, tal como VOCÊ, genial amiga.
Vale ouro puro, sabia...?
Beijinhos
pena
Bem-Haja, pela pessoa pura e linda que é.
Adorei!
Parabéns sinceros.
pouco li do manel...
nem sei porquê...
talvez me custe ler a poesia
talvez não...
mas já ofereci...
mas...
abrazo serrano :)
Obrigada pela indicação :)
Beijokas*
Confesso que não li, mas também me penitencio pela pouca atenção que tenho prestado à leitura, que só tem lugar de honra nas férias.
Espero que o Kurica tenha maior sorte que os camelos e touros que vão aparecendo pelas bandas de S. Bento.
Abraço do Zé
O cão é um bom e fiel amigo do homem . É uma tristeza quando os cães são abandonados. O texto é muito bonito.Uma boa sugestão de leitura
Já li o livro e gostei muito. Tenho cães, como nós,que pintam de cores alegres a maior parte dos meus dias. Nunca lhes darei tanto quanto me têm dado.
Beijinhos
Olá, obrigado pela indicação....
Beijos
Também já li o livro e gostei, estes nossos amigos de quatro patas são da família sem dúvida...
Bjs
Papoila,
Parece ser um livro bem interessante. Obrigado pela partilha da tua opinião.
Bjo.
É um livro muito bom, no outro dia fui comprar um bebedouro para cães e no petshop vendiam esse livro.
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