“Jesusalém”, o último romance do escritor moçambicano Mia Couto foi considerado pela Caminho como “a mais madura e mais conseguida obra de um escritor no auge das suas capacidades criativas”. Quando Dordalma morreu, Silvestre Vitalício considera que o mundo acabou, abandona a cidade e refugia-se com seus dois filhos Mwanito e Ntunzi, e o seu criado Zacaria Kalash nas ruínas que restam de uma antiga coutada há muito deserta. A história é-nos narrada por Mwanito que necessita escrever e usa cartas de jogar para as suas anotações. Quando Vitalício deu o nome de Jesusalém à sua nova morada decretou que do Lado-de-Lá existiam apenas territórios sem vida enquanto ali onde viviam não havia senão vida sem saudade nem esperança… apenas gente… é pois uma história de solidão… e de personagens que a habitam… Um romance com a magia a que nos habituou Mia Couto, uma leitura que nos prende desde início.
Começa assim:
“Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era ‘um bocadinho mulata’, Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável.Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”.
A prosa poética de Mia Couto, ajuda sem dúvida a que este nosso mundo ganhe novo encanto…
Jesusalém , Mia Couto, Editorial Caminho, Lisboa 2009
Começa assim:
“Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era ‘um bocadinho mulata’, Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável.Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”.
A prosa poética de Mia Couto, ajuda sem dúvida a que este nosso mundo ganhe novo encanto…
Jesusalém , Mia Couto, Editorial Caminho, Lisboa 2009
Boa Leitura!
Beijo Meu para Ti!
BEIJOS!!!
15 comentários:
O mais recente presentinho que me ofereceram foi este livro. Comecei a lê-lo ontem e, como sempre, estou deliciada.Mia Couto renova a língua a cada momento, inventa, reinventa e é sem "dordalma" alguma que o lemos.
Beijinhos
Bem-hajas!
Maravilhosa Amiguinha.
Um texto profundo envolvente e assinalado como pertinente na sua deliciosa significação.
"...A história é-nos narrada por Mwanito que necessita escrever e usa cartas de jogar para as suas anotações. Quando Vitalício deu o nome de Jesusalém à sua nova morada decretou que do Lado-de-Lá existiam apenas territórios sem vida enquanto ali onde viviam não havia senão vida sem saudade nem esperança… apenas gente… é pois uma história de solidão… de personagens que a habitam… Um romance com a magia a que nos habituou Mia Couto, uma leitura que nos prende desde início..."
Adorei, terna e doce amiga enorme.
Deu vida ao escritor extraordinário Mia Couto.
Um Livro que já assinalei.
Com gigantesca estima e imenso respeito.
Beijinhos amigos...
Sempre a admirá-la e a lê-la com atenção pela preciosidade humana que é.
pena
É perfeita, fabulosa Amiga.
pena
Olá Papoila!
A praia por aqui está óptima: sem vento e água do mar entre os 23 e os 25º. Vou ficar por cá até ao dia 12.
Esse livro do Mia Couto está nos meus planos, para quando voltar a Lisboa. Entretanto delicia-te com esta citação:
“O último voo do flamingo”
“Para si, meu filho, para si que estudou em escola, o chão é um papel, tudo se escreve nele. Para nós a terra é uma boca, a alma de um búzio. O tempo é o caracol que enrola essa concha. Encostamos o ouvido nesse búzio e ouvimos o princípio, quando tudo era antigamente.”
Abraço amigo,
Peter
OLá minha amiga Papoila.
Um lindo texto.
Parabéns...
Uma semana repleta de muitas realizações e paz.
beijinhos doces.
Regina coeli.
Uma boa sugestão de leitura. Aprecio muito Mia Couto e ainda não li este seu romance, que espero ler em breve
Vim de férias e coloquei a leitura mais ou menos em dia, mas este título não constava dos "atrasados" ainda que lé estivesse um título deste autor, meu antigo colega de liceu e adversário nas discussões aos intervalos.
Abraço do Zé
As tuas palavras deixaram-me a curiosidade aguçada, especialmente porque estou a tentar digerir um livro, pesado EM TODOS OS SENTIDOS (As Benovolentes) e já apetecia ler uma coisa diferente
Já o registei para futuras leituras.
Beijosss Papoilita :)
Querida amiga.Num breve momento venho visitar um espaço amigo e belo como sempre,onde a leitura é sempre motivo para o despertar e ler.
Beijinho de amizade
Escritor já consagrado no panorama nacional e não só..acredito plenamente que deve ser uma bela história ;)
Vim cá deixar um beijito
yours trully
PG
Como tudo tem um principio, meio e fim, este meu blog teve um fim. Não um fim para encerrar, mas sim um fim de postagens. Tenho outro, é recente e parecido com este.
Quem me quiser continuar a "seguir" e a ter notícias minhas, podem-me adicionar: http://desabafosdumavida.blogspot.com/
Beijokas
Que interessante: é a minha próxima leitura agendada, ( já ali está à espera) seguida de OS Anagramas de Varsóvia, de Richard Zimler. Obrigada por estas óptimas pistas e pela escolha da música de que acompanhas os teus posts...
Beijos. Bom fim de semana.
um dia tenhoq ue ler mia couto
jerusalem, foi-me apresentada em Murano... quedei a saber que é a cidade mais segura do mundo...
um dia vou lá,
abrazo serrano
Papoila,
Sempre que leio um livro de Mia Couto, fico profundamente fascinado.
Bjo.
Ler Mia Couto é caminhar dentro de uma surpresa.
Do que tenho lido de Mia Couto, há um pequeno poema que, para mim, é um convite à descoberta do desconhecido:
Permito-me deixá-lo aqui.
ESTRADA DE TERRA, NA MINHA TERRA
Na minha terra
há uma estrada tão larga
que vai de uma berma à outra.
Feita tão de terra
que parece que não foi construída.
Simplesmente descoberta.
Estrada tão comprida
que um homem
pode caminhar sozinho nela.
É uma estrada
por onde não se vai nem se volta.
Uma estrada
feita apenas para desaparecermos.
Maputo, 2006
Este poema leva-nos a uma viagem pelo nosso imaginário e deixa-nos a pergunta:
O que estará para lá do fim da estrada por onde desaparecemos?
Paz e Luz no seu caminho.
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